Posição do Corpo
O corpo dprecisa estar numa posição hidrodinâmica e horizontal. Não se deve flexionar exageradamente o quadril, pois isso faria elevação das nádegas. Os ombros ficam alinhados na superfície da água. O movimento dos braços tem o efeito de elevar a cabeça do nadador acima do nível da água para fazer a respiração.

Ação das pernas
Ação dos Braços
Dos quatro estilos, essa ação dos braços é a menos eficiente, a única que faz a recuperação submersa. Os cotovelos são puxados junto ao corpo para minimizar o atrito, no início do movimento os braços estão estendidos para frente, as palmas das mãos voltadas para baixo e os dedos juntos.
Pegada: ocorre nos primeiros 30 cm do movimento das mãos. A mão exerce a pressão sobre a água, os braços sentem a água, mãos sofrem uma rotação para fora e para baixo, os punhos ficam levemente flexionados e fazem um movimento acelerado para fora, para baixo e para trás.
Puxada: cotovelos fletidos, elevação superior a das mãos, palmas das mãos voltadas para trás.
Remada: rotação dos braços para dentro, palmas voltadas para dentro. A remada acontece bem abaixo dos ombros.
Recuperação: acontece quando as mãos são empurradas para frente. Cotovelos dobrados junto ao corpo, ao término, braços estendidos, as mãos se recuperam em direção ao peito.
Respiração
Segundo a regra, a respiração deve acontecer em todas as braçadas ou pelo menos deve elevar a cabeça pra fora da água. O movimento de braços tende a elevar os ombros e inclinar a cabeça, aí então a inspiração é feita pela boca. Quando os braços estiverem estendidos, a cabeça volta para a posição normal, ritmo rápido, acompanha o ritmo da braçada e da pernada.
Coordenação de movimentos
Não se deve fazer o movimento de pernada e braçada simultaneamente, eles são de forma alternada, primeiro a pernada acompanhada do deslize e depois a braçada acompanhada da respiração.
Técnica do Crawl Ao observarmos um nadador de frente, lado ou pelo alto notamos: uma atitude plana e horizontal;ombros, costas, pernas e pés na mesma linha e alguns centímetros abaixo da superfície da água;qualquer desnível na posição do corpo, aumenta o atrito com a água;este atrito é causado pelo abaixamento das pernas provocado pela elevação da cabeça, sendo muito cansativo para o nadador;Ao invés de elevar a cabeça deve-se girá-la para respirar;o rolamento que o nadador faz,aumenta a eficiência do nado e auxilia diretamente no movimento das pernas e dos braços .Deve ser feito igual para ambos os lados.Neste rolamento o quadril, rola menos que os ombros e as nádegas permanecem abaixo do nível da água. Pernas são menos propulsoras e mais equilibradoras do nado;ação alternada e contínua no plano vertical;cria propulsão,equilibra o nado e mantém o corpo na horizontal;Pés estendidos, como de um bailarino;pernas não devem ser rígidas. BRAÇOS são responsáveis pela propulsão do nado;ação alternada e contínua;a ação dos braços é dividida em duas fases: fase propulsiva (abaixo da superfície da água) e fase de recuperação (acima da superfície) Fase Propulsiva Agarre: base desta fase, logo que a mão entra na água ,se move para baixo e para traz ;dedos unidos e mão plana;punho ligeiramente flexionado. Tração:Segue o agarre até que a mão chegue na linha do ombro; é o momento de criar a propulsão , para isto tem que haver pressão suficiente criada na superfície da mão e no antebraço;palma da mão voltada para traz;cotovelos flexionados e elevados; nesta etapa se inicia o rolamento corporal. Empurre: Acontece para fora e pra tras;transição suave e imperceptível; acontece no plano do ombro e termina na linha da cintura. Fase de Recuperação Desmanchamento: mãos e braços precisam ser elevados; esta ação acontece quando o corpo rola pra o lado oposto; o cotovelo sai primeiro; mão próxima da coxa. Recuperação:Acima da água;não contribui para a propulsão;se executada incorretamente pode prejudicar o nado no global;movimento suave, eficiente e confortável;flexibilidade do ombro é fundamental;quanto maior a liberdade de rotação do ombro, melhor será o desempenho; cotovelo alto, punho ;mão e dedos relaxados Entrada: Mão entra primeiro;cotovelos elevados. Respiração Lateral pela boca e pelo nariz;feita para o lado em que o braço recupera;cabeça vira na mesma direção do rolamento corporal;a velocidade da água cria uma onda e uma cavidade em torno da cabeça que facilita a respiração;expiração dentro da água e de forma explosiva. Coordenação dos movimentos de braços e pernas 6 batidas de pernas por uma braçada nos 100m (velocistas)4 batidas de pernas por uma braçada nos 200m (meio fundistas)2 batidas de pernas por uma braçada nos 800m (fundistas) Saídas Objetivo: Impulsionar o nadador a frente o mais rápido possível e com maior impulso. O Vôo deve ser o mais prolongado possível em seguida vem o atrito com a água;o corpo fica numa posição estendida; a cabeça flexionada entre os braços;a entrada na água começa pela ponta dos dedos;uma leve inclinação do corpo na entrada para favorecer o deslizamento ; a batida inicial deve começar com a diminuição do deslizamento. Para ter uma boa saída: Reação rápida;capacidade de gerar uma potência instantânea máxima;conhecimento e apreciação da mecânica adequada do corpo, juntamente com a capacidade de executá-la;compreensão dos princípios gerais de aerodinâmica relacionados ao movimento da água. Tipos de saídas Clássica ou convencional:nesta saída há um aproveitamento muito grande do impulso, devido ao movimento de rotação dos braços para traz. Com isto, o nadador demora mais a entrar na água, a velocidade será então somente na horizontal. erros comuns: na saída erros na postura, braços para traz ou para frente,cabeça muito baixa ou muito elevada,corpo muito flexionado, pernas estendidas ou exageradamente flexionadas, quadris muito baixos,ombros muito elevados; não efetuar a circundução dos braços; falta de coordenação dos movimentos de braços e de pernas para uma boa impulsão;saltar para baixo, entrando na água muito próximo da borda; saltar para cima. Agarre:é a mais usada, pois ganha mais tempo; cerca de um quarto de segundos sobre a outra. Desequilíbro pela flexão dos braços e lançamento;desequilíbrio/vôo/queda/deslize;entrada rasa;o início das atividades dentro da água dependerá do estilo a ser executado e da regra específica;no crawl começa mais cedo que os demais estilos;deslize com mais ou menos 60cm de profundidade;posição totalmente estendida; a velocidade do deslize é maior que a velocidade do nado, devido ao impulso gerado na saída;o impulso da saída deve ser usado em benefício do nadador; qualquer tentativa de começar o nada antes, diminui o deslize. erros mais comuns:Não segurar na plataforma de saída;posição de postura errada: pernas muito fletidas e quadris baixos,cabeça alta olhando pra frente, pernas estendidas;soltar as mãos da plataforma antes do corpo estar projetado à frente; impulsionar antes das pernas estarem paralelas à água;antes de impulsão, não abaixar a cabeça e puxar os braços fletidos; não estender as pernas durante o vôo , entrando na água carpado. Viradas Uma boa virada depende de: Uma boa aproximação da parede;um toque ou ponto de rotação bem calculado;transição veloz do movimento linear para o rotatório;um impulso e deslizamento equilibrado;início correto dos movimentos iniciais. Aproximação: veloz em direção a parede;velocidade linear transformada em velocidade rotatória (virada olímpica) ; avaliação completa do momento da virada. Toque: No crawl não é necessário o toque das mãos e sim qualquer parte do corpo ; no crawl é beneficiada (cambalhota da virada olímpica) Rotação: Deve ser rápida; corpo contraído;ação das mãos e braços para baixo;ângulo completo de 180 graus deve ser atingido antes do impulso;cabeça baixa entre os braços. Deslize: Corpo estendido; profundidade mais ou menos 45 cm Movimentos Iniciais: não devem acontecer muito rápido; ocorre na velocidade máxima do deslize. Tipos de Viradas Simples (grampo)- Uma mão toca a parede e a outra permanece atraz; girar o corpo colocando os pés na parede;pernas flexionadas;lançar o braço da parede para cima da cabeça;dar o impulso com os braços a frente e estendidos. Olímpica:o nadador aproxima-se da borda faz um mergulho em direção oposta , girando o tronco para que fique com o tronco voltado para baixo, impulsiona as pernas na na parede e desliza em direção a outra borda com os braços estendidos a frente. Erros comuns nas viradas Simples: tocar a borda com ambas as mãos;dar impulso na borda com os pés muito abaixo ou acima em relação ao plano do corpo; dar impulso na borda com pernas estendidas e sem estar com os dois braços estendidos à frente da cabeça; no giro, mudar a direção, ficar de frente para a piscina. Olímpica: Dar uma braçada a mais ou a menos, antes de efetuar a virada; iniciar o lançamento das pernas flexionadas na borda, para o impulso; dar impulso na borda com as pernas estendidas; dar impulso na borda sem estar com os braços estendidos à frente da cabeça; dar impulso na borda com os pés muito acima ou muito abaixo do nível do corpo. Chegada erros mais comuns: chegar , sem estar olhando para a borda; tocar a borda sem pressioná-la;chegar de frente para a borda. |
TÉCNICA DE COSTAS A técnica de Costas caracteriza-se por uma actividade segmentar alternada e simétrica, característica que lhe permite, tal como acontece em Crol, a criação contínua de força propulsiva pelos membros superiores e uma constante acção equilibradora/propulsora por parte dos membros inferiores. De facto o custo energético e a eficiência mecânica do nado de Costas, em nadadores de bom nível técnico, são semelhantes aos que caracterizam o Crol. Alguns dos factores, facilmente observáveis, que identificam os bons nadadores de Costas, são: - fluidez, simetria e ritmicidade de movimentos, - posição corporal alta na água, - rolamento pronunciado dos ombros. Condicionantes regulamentares determinantes O regulamento da FINA impõe que o nadador, na técnica de Costas, mantenha uma posição dorsal durante o período que dura a prova competitiva, salvo quando da realização das viragens. O nadador que abandone esta posição antes de iniciar a rotação para a viragem ou antes de tocar com a parte mais avançada do corpo (normalmente a mão) na parede topo da piscina, no final da prova, será desqualificado. A tolerância para a rotação do tronco em torno do eixo longitudinal, em relação à horizontal é, no entanto, grande, considerando-se que essa rotação (ponto de referência – a linha dos ombros) não deve ultrapassar os 90º. Em conclusão, a técnica de Costas é definida unicamente pela posição dorsal. Não existe qualquer referência quanto às acções motoras a realizar para gerar propulsão. Tal como em Crol, portanto, a técnica moderna de Costas construiu-se a partir das leis da hidrodinâmica a das potencialidades do movimento humano, tendo como única condicionante a manutenção do corpo em posição dorsal. Posição do corpo A posição do corpo deve manter-se, ao longo do ciclo gestual, o mais próxima possível da posição hidrodinâmica fundamental. Alinhamento lateral Como referência, podemos assimilar que os membros inferiores e as coxas deverão permanecer sempre no interior de uma área delimitada pela projecção da cintura escapular. A rotação do corpo em torno do eixo longitudinal e os batimentos dos membros inferiores em direcções laterais, a acompanhar a rotação do tronco, são factores fundamentais do equilíbrio dinâmico respeitante ao alinhamento lateral do corpo. A cabeça deve manter-se na mesma posição ao longo do ciclo gestual, sendo um erro grave a sua rotação ou oscilação lateral, a acompanhar as acções segmentares. Alinhamento horizontal Em Costas, o corpo deve estar colocado na água numa posição próxima da horizontal, com uma pequena inclinação de 10 a 15 graus, de modo a permitir um batimento dos membros inferiores efectivo, sem que o nadador corra o risco de estas saírem da água com facilidade. Por outro lado, uma posição muito baixa da bacia provocará o aumento da superfície frontal de contacto, sofrendo o corpo maior resistência de forma. A cabeça apresenta-se um pouco flectida e elevada na água, queixo para o peito e olhar dirigido para os pés, devendo esta posição ser mantida ao longo de todo o ciclo gestual. Aconselha-se, frequentemente, uma posição do corpo “natural”, com ligeira convexidade da região dorsal, ou seja, ombros projectados para a frente. Rolamento do corpo Ao longo do ciclo gestual, o corpo do nadador sofre uma rotação em torno do seu eixo longitudinal, não só ao nível dos ombros, como também ao nível da cintura pélvica. Esta rotação segue a evolução da braçada, apresentando valores extremos quando um dos membros superiores atinge o ponto médio da recuperação aérea, ou seja, quando passa pala vertical projectada do ombro do lado respectivo e a mão do lado contrário está a meio do trajecto propulsivo. Os momentos de maior horizontalidade da cintura escapular e da cintura pélvica, por outro lado, correspondem à entrada de um membro superior na água. Acção dos membros superiores Trajecto subaquático Entrada A entrada é sem dúvida, um dos momentos críticos da braçada, uma vez que a execução de erros importantes nesta fase pode implicar uma alteração substancial do potencial propulsivo de todo o trajecto subaquático. No momento da entrada, o cotovelo está em execução completa. O Braço e Antebraço estão em rotação interna, de modo a que a mão entre na água pelo dedo mínimo, ponta dos dedos virada para baixo (adução da mão). Esta posição, além de oferecer resistência mínima ao entrar em contacto com a água, possibilita uma rápida transição para a fase seguinte do trajecto subaquático. O membro superior deve entrar na água sensivelmente no prolongamento do ombro, provocando o afundamento desta região corporal, o que coincide com o momento em que o ombro do lado contrário surge fora de água, iniciando a saída do membro superior do lado respectivo. Acção descendente inicial (ADI) A Acção Descendente Inicial é muito semelhante à fase do trajecto subaquático que lhe corresponde na técnica de Crol. A mão e o antebraço do nadador, logo após a entrada, deslocam-se para baixo e para fora, até que o cotovelo se encontre por cima da mão, o mesmo acontecendo com o ombro, em relação ao cotovelo. Após a entrada na água, o braço e o antebraço sofrem uma gradual rotação interna até que a mão se encontre orientada para trás, para baixo e para fora, percorrendo um trajecto circular até uma profundidade de perto de 30 a 50cm. Este trajecto do segmento propulsivo só é possível se for acompanhado de um afundamento do ombro do lado respectivo, proveniente da rotação em torno do seu eixo longitudinal. Ao longo desta fase o membro superior permanece em extensão, permitindo o afundamento da mão. Acção ascendente (AA) Após a fase de afundamento, a mão do nadador executa um trajecto semicircular para cima e para dentro, até atingir uma posição à superfície da água, sem a ultrapassar, e até o antebraço fazer um ângulo de perto de 90 graus com o braço. Ao longo desta fase, a palma da mão roda para cima e dentro, dedos apontados diagonalmente para fora. A rotação do tronco em torno do eixo longitudinal permite que a mão permaneça em submersão apesar da posição relativa ombro – braço – antebraço. Acção descendente final (ADF) A ADF, fase de maior importância propulsiva da braçada de Costas, começa com o cotovelo flectido e a mão perto da superfície da água e vai consistir no deslocamento dos segmentos propulsivos para baixo, para trás e para fora, através da extensão do cotovelo, até a mão estar colocada bem abaixo da bacia (20 a 30cm, nalguns casos um pouco mais). Saída No final da ADF, a mão roda para dentro, palma virada para a região lateral da coxa, de modo a “cortar com o polegar para cima no seu trajecto ascendente, provocando a menor resistência possível. A elevação do membro superior é preparada pela elevação do ombro respectivo, concomitante com a entrada do membro superior do lado contrário na água, possibilitando que a alteração de direcção no trajecto da mão seja feito com o máximo de fluidez e continuidade. Recuperação aérea O membro superior deve seguir uma trajectória por cima do ombro, sendo de evitar quaisquer desvios laterais, interiores ou exteriores, que perturbam, em larga escala, o alinhamento lateral do corpo. O cotovelo deve manter-se em extensão ao longo de todo o trajecto, iniciando-se a rotação interna do braço, antebraço e mão logo após a saída da água. Aconselha-se, normalmente, uma posição do membro superior em rotação interna completa, palma da mão virada para fora, quando é atingido o ponto médio da trajectória aérea do membro superior, ou seja, quando este passa por cima do ombro, de modo a que a entrada na água seja preparada com antecedência desejável. Acção dos membros inferiores A direcção dos trajectos executados pelos pés na técnica de Costas é, tal como na técnica de Crol, ligeiramente para fora ou para dentro, acompanhando a rotação do corpo sobre o seu eixo longitudinal, mas mantendo o alinhamento com o tronco ao longo de cada ciclo gestual. Acção ascendente É fase mais propulsiva do batimento de pernas de Costas. Durante a fase ascendente do batimento de pernas, a coxa do nadador é activamente puxada para cima, em direcção à superfície da água, ao mesmo tempo que o joelho vai flectindo sem que para isso seja necessário contrair os músculos flexores dos membros inferiores, uma vez que será a pressão da água sobre a face anterior deste segmento a provocar tal efeito. A flexão máxima do joelho atingida nesta fase do ciclo gestual é habitualmente superior ao que ocorre na fase correspondente da técnica de Crol. A extensão activa e potente do joelho inicia-se quando este se está já a aproximar do fim do seu trajecto ascendente, estando os pés neste momento em complexa flexão plantar e rotação interna, ponta dos dedos apontada para baixo e para dentro. Uma indicação básica para esta fase do movimento indica que os joelhos não devem ultrapassar a superfície da água, apesar do grau elevado de flexão atingido, o que implicará uma posição diagonal do corpo na água em relação à superfície, com uma inclinação de perto de 10-15 graus. A fase ascendente do batimento de pernas com a extensão total e explosiva dos joelhos e rotação do pé para fora, desde a sua posição inicial, anteriormente descrita. Acção descendente. É principalmente uma acção de recuperação. Ao longo do percurso descendente de recuperação, o membro inferior vai permanecer em extensão, graças à resistência da água na face posterior do membro inferior. Esta fase termina quando o joelho fica horizontalmente alinhado com a bacia. Sincronização da acção dos membros superiores. A sincronização óptima na acção dos membros superiores na técnica de Costas impõe a entrada de uma mão no momento em que a outra termina a ADF. Deste modo é assegurada a continuidade das acções propulsivas, apesar da menor importância reabitava da ADI neste campo, o que acarreta alguma desaceleração do corpo nesta fase, compensada, nalguns casos, como vimos, com o aproveitamento propulsivo da elevação do membro superior. Esta estrutura de sincronização permite, também, uma correspondência total entre a rotação do corpo em torno do seu eixo longitudinal e as acções segmentares. Como ponto de referência fundamental, assinala-se que o momento em que a mão está no ponto mais alto da sua trajectória aérea com o momento em que a mão do lado contrário termina a AA, o que também coincide, como sabemos, com a máxima flexão do cotovelo. Sincronização membros superiores / membros inferiores. Em Costas, devido ao caracter pronunciadamente lateralizante dos trajectos subaquáticos próprios desta técnica, proveniente de restrições anatómicas, só é, de facto, eficaz uma sincronização de 6 batimentos por ciclo de membros superiores. Deste modo, tal como na variante do Crol de estrutura semelhante, a cada uma das acções propulsivas de cada membro superior corresponde uma fase ascendente do batimento de pés. Sincronização da acção dos membros superiores com o ciclo respiratório. Embora a posição do corpo na técnica de Costas facilite a realização do ciclo respiratório, é importante que o nadador adquira um ritmo respiratório bem marcado. A sua falta pode, de facto, estar na base de desempenhos que, sem razão aparente surgem com um nível muito baixo. O ciclo respiratório deverá, assim estar estreitamente sincronizado com o ciclo de braços, assinalando-se normalmente para este efeito, que a inspiração deverá coincidir com a fase de recuperação de um dos braços, mantendo-se esta referência constante, mesmo quando se inspira em cada 2 ou 3 ciclos de membros superiores. |
Técnica do Golfinho
Considerado um estilo de grande dificuldade, o nadador de golfinho deve ter força para empurrar água e flexibilidade pra tirar os braços para fora da piscina na hora de partir para
outra golfinhada.
Posição do corpo
Em decúbito ventral, mais plano possível para evitar atritos.Cabeça: posicionada em uma atitude "normal" com a linha da superfície da água. Existe um movimento de flexão e extensão.Quadril: sofre um movimento ondulatório , que é resultante do trabalho das pernas e movimento de cabeça.Pernas: os movimentos são simultâneos e representam forte ação propulsora. As pernas não batem, elas movimentam-se em decorrência da ondulação do corpo.Braços: 9 fases (em forma de R).
Entrada
Uma visão lateral do nadador deve mostrar seus braços "mergulhando" simultaneamente na água em um ângulo pequeno; os braços simultâneos ficam estendidos, na largura dos ombros; palma das mãos um pouco voltadas para fora;término desta fase com braços em extensão.
Deslizamento
Braços na largura dos ombros para iniciantes e quando se nada mais calmo, esta fase é mais acentuada.
Apoio ou Pegada
O movimento deve ocorrer de forma suave e rápida, evitando a tendência de "espirrar" água; o movimento das mãos é feito para fora da linha média (abdução) e um pouco para baixo; ligeira flexão do punho; inicia-se a flexão do antebraço sobre o braço; rotação medial de braços com elevação do cotovelo.
Tração ou Puxada
Movimento de braços para fora e para baixo; movimento das mãos para a linha média; palmas das mãos ligeiramente voltadas para dentro; aumento da flexão do antebraço sobre o braço.
Dominação
Mãos mais próximas da linha mediana;braços e antebraços foram um ângulo de 90 graus;fase de melhor posicionamento das alavancas; continua a adução dos braços;movimento das mãos para fora (abdução) e para traz.
Empurrão ou Impulso
Braços em adução (colados lateralmente ao corpo), com os cotovelos elevados;palmas das mãos voltadas para traz; movimento das mãos para traz e um pouco para fora.
Finalização
Mãos no prolongamento dos braços; inicia-se aqui a elevação de mãos.
Recuperação ou Descanso
Cotovelos fletidos e elevados; mãos passam bem próximo do quadril do nadador;elevação dos braços pela lateral; braços estendidos e descontraídos; a completa extensão dos cotovelos no fim da fase de impulsão deve ser evitada;os cotovelos devem sair da água antes das mãos.
Ataque
Braços vão lateralmente para frente;flexão dos antebraços sobre os braços após a linha dos ombros; Palma das mãos voltadas para fora;
Pernas
Movimentos simultâneos; existe maior eficiência na fase descendente;grande participação na propulsão do nada; na fase ascendente, sobe estendida e flexiona-se no final; desce estendida.
Respiração
É realizada ao nível da água sem oscilações exageradas;inspiração pela boca e pelo nariz de forma explosiva (rápida e intensa);bloqueio se faz mais acentuado quando se nada devagar;expiração feita pela boca e nariz.
Coordenação
Braços e pernas: Duas pernadas por ciclo de braços (estilo típico de competição) Uma pernada quando os braços entram na água e a outra quando a mão está na altura da cintura.As pernas se movem no sentido contrário do quadril: quando elas sobem, ele desce e vice-versa.
Primeira pernada : término da entrada e início do apoio
Segunda pernada: término da finalização e início da recuperação
Braços e respiração: O nadador, pode respirar a cada ciclo de braços ou a cada duas braçadas ; a inspiração é feita no final do empurrão ou impulso e início da recuperação;termina na recuperação; o bloqueio é feito no início do ataque até o início do apoio; a expiração é feita no princípio do apoio até o final do empurrão.
Saídas
O primeiro tipo de saída era balanceado . Jogavam-se os braços para frente e pra traz. A primeira saída com bases científicas foi a "Clássica", em seguida a "Graab"ou "agarre". E mais adiante, a saída "scoop", que é de alto nível. No salto , se carpa o corpo, entrando de ponta. Na parte submersa, eleva-se a cabeça e a força vertical se transforma em horizontal. Portanto, o nadador não vai ao fundo da piscina. Atualmente, é usada a saída "graab"associada ao "scoop". É a que dá melhor resultado.
Virada
Tocam-se as duas mãos na borda acima ou abaixo do nível da água; o toque deve ser simultâneo e simétrico; larga-se uma das mãos e a outra é abaixada em seguida lança-se o braço por cima, dando a impulsão na parede de preferência com os dois pés.
Dicas ao Professor
O movimento de pernas flui naturalmente quando são dadas corretamente as primeiras braçadas. Para facilitar o aprendizado o professor deve conduzir os braços dos alunos,acompanhando os contornos traçados na parede (fazer com giz ou outro material). O aluno então acompanha várias vezes o movimento desenhado até assimilá-lo. Em seguida , o professor repete o processo no chão, deixando o aluno no plano horizontal e por fim o aluno repete tudo na água.
Após os exercícios de respiração frontal, o aluno está preparado para a primeira golfinhada. Mas para dar a segunda , precisa aprender a se deslocar. O professor pede para que dê uma série de saltos à frente, deslizando na água. Nas primeiras tentativas da segunda golfinhada, o aluno não precisa tirar os braços da água e nem se preocupar com a respiração. Depois que estiver fazendo todos os movimentos bem, ele pode acoplar o movimento completo com a respiração e tudo mais. É como se fosse uma coreografia que se ensina passo a passo depois une todas as partes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário